Ao entender como alfabetizar uma criança, a etapa de aprender a ler e escrever é um passo importante para a autonomia.
Para acompanhar as crianças nesta viagem, existem diversas atividades que fazem parte desta aventura que é a aquisição de novos conhecimentos.
Nesse sentido, as linguagens oral e escrita são ferramentas que permitem às crianças se comunicar, expressar conceitos, pensamentos e significados por meio de um código.
Aprender, portanto, significa modificar a estrutura das habilidades possuídas e as ligações entre elas, de modo a integrar progressivamente novas informações.
Quer saber como alfabetizar seus alunos da maneira que o cérebro deles aprende melhor? Continue lendo.
Como alfabetizar crianças: elementos básicos
As crianças aprendem a se comunicar já nos primeiros meses de vida por meio do olhar, gestos comunicativos e referenciais.
Elas utilizam expressões faciais e já têm as primeiras vocalizações que levarão ao desenvolvimento das primeiras palavras intencionais e simbólicas por volta do primeiro ano de vida.
Ao longo da infância, diversas habilidades são aprimoradas de acordo com a idade.
Dessa forma, um dos elementos fundamentais para a aprendizagem é o ambiente. Os adultos precisam criar oportunidades de aprendizagem oferecendo a meninas e meninos um ambiente repleto de estímulos.
Nesse sentido, a contribuição de brincar, na escola ou em casa com a família, e do ambiente nesse processo são de grande relevância para quem busca entender como alfabetizar.
O primeiro passo na leitura e na escrita é o conhecimento dos sons. Por isso, são fundamentais todas as experiências de diálogo e leitura iniciadas desde cedo.
Essa competência geralmente é totalmente adquirida por volta dos seis anos de idade, enquanto muitos erros de pronúncia são comuns até os quatro anos de idade.
O segundo passo é aprender a associar letras e sons. As possibilidades de inventar jogos e atividades são infinitas.
É interessante lembrar que as fases que determinam a aprendizagem têm relação com o momento em que percebemos a informação por meio da atenção.
Em seguida, essa informação se consolida pela memória, existe a conexão pela lógica e sua externalização.
Como alfabetizar da maneira que o cérebro aprende melhor e a atividade neuronal
O neurocientista Stanislas Dahene estudou os neurônios da leitura.
Nesse sentido, o pensamento humano baseia-se no correto funcionamento de três áreas de atividade neuronal, que são:
um espaço neuronal no qual a atenção pode ser focada para encontrar os conceitos sobre os quais raciocinar, que envolve a memória;
atividade inconsciente neuronal proveniente da relação entre o indivíduo e seu ambiente;
atividade neuronal consciente por meio da qual o indivíduo tenta raciocinar sobre os dados provenientes do ambiente.
Segundo Dehaene , a consciência é o resultado de uma atividade cerebral que estimula o neocórtex.
Portanto, os métodos de leitura têm correlação direta com a atividade neuronal, de forma que a neuroimagem se vincula a circuitos corticais no processamento de grafemas e fonemas, que são mecanismos relacionados com a leitura.
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O que a ciência diz sobre a neurociência e sobre a alfabetização e como Alfabetizar da maneira mais rápida e fácil
Um artigo publicado pela Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia explica que “a aprendizagem da leitura envolve vários processos visuais, fonológicos, semânticos e linguísticos, ativando diversas partes do cérebro da criança”.
O estudo é denominado “Contribuições da neurociência na aprendizagem da leitura na fase de alfabetização”.
Logo, concluiu-se que, ao entender como alfabetizar, aprender a ler inclui desenvolver habilidades fonológicas, sendo indispensável para a aprendizagem na decodificação de códigos.
São processos interligados que se complementam.
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Memória e aprendizagem
Um outro estudo, promovido por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), aponta que acontecem equívocos entre educadores no entendimento da memória e da aprendizagem.
A pesquisa é intitulada “Contribuições das neurociências ao processo de alfabetização e letramento em uma prática do Projeto Alfabetizar com Sucesso”.
Antes, acreditava-se que memorizar estava associado a decorar simplesmente. Porém, percebeu-se que apenas decorar é um hábito danoso para crianças.
Por outro lado, a memória precisa ser treinada de acordo com o que se aprende ao longo do tempo, estimulada da maneira certa através de atividades que desenvolvem habilidades necessárias para alfabetizar qualquer criança da maneira certa.
Nesse sentido, a memória de curto prazo deve ser apenas um ponto de partida para a memorização de longo prazo.
E para desenvolver a memória de longo prazo, a emoção é fundamental.
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O papel das emoções para saber como alfabetizar
As emoções também desempenham um papel importante no processo de aprendizagem, pois elas envolvem o funcionamento do cérebro, inclusive quanto aos sinais e as formas de linguagem orais ou escritas.
A promoção do conhecimento das emoções é importante na sala de aula, onde o ensino didático deve visar não só a cognição, mas também a emoção.
Portanto, deve promover a inteligência necessária para que as crianças se tornem adultos felizes e adaptados ao meio.
Uma inteligência focada em uma perspectiva holística, na qual não só a dimensão cognitiva é importante, mas também a necessidade de explorar as dimensões emocionais e comportamentais, ajuda crianças e adolescentes em toda a aprendizagem ao longo dos anos.
Além disso, eles conseguirão desenvolver a compreensão mútua e a solidariedade.
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